A visão espírita do suicídio

Quero falar da visão espírita do suicídio, já que para nós espíritas a vida continua e o suicídio não acabaria com o sofrimento da pessoa que comete o ato para livrar-se de algum problema.

Temos que passar por muitas provas ao longo da nossa vida e as vezes é muito difícil superar algumas fases. Com esta dificuldade, muita gente pode entrar em depressão, ter crises de pânico ou ansiedade e com isso pensar em tirar a própria vida.

 

Segundo a OMS:

  • Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos.
  • Para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam o suicídio a cada ano. A tentativa prévia é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral.
  • O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.
  • 79% dos suicídios no mundo ocorrem em países de baixa e média renda.
  • Ingestão de pesticidas, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos mais comuns de suicídio em nível global.

Durante a pandemia cresceu em quase 30% o número de suicídios.

A visão espírita

O suicídio é o ato de tirar a própria vida, ou seja, matar o corpo físico.

Segundo o Livro dos Espíritos na pergunta 944: Tem o homem o direito de dispor da sua vida?
“Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa transgressão desta lei.”

O suicídio é caracterizado por uma transgressão à lei porque estamos tirando a vida antes da hora.

Uma pessoa que comete este ato está lesionando o perispírito que é imortal. O perispírito é a parte de nós que continua “viva” no plano espiritual. Se o perispírito é lesionado sofre as consequências neste corpo semimaterial.

O suicida pode ficar preso ao corpo por muito tempo até completar o tempo que deveria viver na Terra.

Ele pode também sofrer as dores do ato suicída, como por exemplo dores na cabeça porque deu um tiro na cabeça.

É importante dizer que o suicída não quer acabar com a sua vida e sim acabar com algo que o faz sofrer naquele momento e ele não consegue resolver.

 

O suicídio

Existe o suicídio consciente, que tira sua vida com um revólver, veneno, remédios, etc. e o suicídio inconsciente, que é o caso das pessoas que fumam, bebem ou usam drogas. Estas pessoas sabem que isto faz mal e que pode matar aos poucos, mas continua usando para usufruir de momentos de prazer.

O suicídio inconsciente pode gerar doenças e fazer com que esta pessoa também desencarne antes da hora programada.

As consequências do suicídio são muito diferentes para cada um, não se pode tomar como uma fórmula generalizada. O que precisamos constatar é que a pessoa lesa seu perispírito em alguma parte, dependendo da forma que comete o ato de suicídio. Dessa forma, podendo afetar tua próxima encarnação. Mas os casos devem ser analisados separadamente.

Sempre precisamos pensar na existência da lei de causa e efeito, ou seja, quando fazemos o mal para nós mesmos ou a alguém teremos consequências.

 

O espírita

O espírita acredita se opõe a ideia do suicídio como resolução de algo porque sabe que a vida continua. As outras crenças que não acreditam na continuação da vida podem não pensar dessa forma porque não sabem as consequências que podem causar esse ato.

Não é que o espírita tenha benefícios, mas ele tem a consciência de que não resolverá o problema se matando.

A campanha de valorização da vida é o objetivo do Setembro Amarelo: trazer à tona o tema para que as pessoas possam se abrir, conversar e não manter a angústia com elas. Aprender a dividir este peso com outra pessoa e buscar ajuda.

Depressão é uma doença grave, não é mimimi. Devemos acompanhar nossos parentes e amigos que estão se isolando ou tristes por algum motivo para que não se deprimam ou que não pensem em tirar suas vidas.

A paciência e a resignação afastam as pessoas de pensar no suicídio, porque assim aprendemos a ter a a coragem moral.

Conversei com o Alan Moraes sobre o tema suicídio, confira no vídeo:

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